domingo, 31 de maio de 2009

warbringer – waking into nightmares



Quis completar o ciclo no que diz respeito a capas de álbuns que têm passado por este blogue. Tivemos boas, muito boas, medianas, más e sem sal. Chegou a altura de juntar uma péssima ao rol, embora perceba a ideia de transparecer uma imagem 80’s Thrash/Death. Ainda assim, é um atentado ao bom gosto. Mas como bandas não se fazem de capas, vamos ao que interessa.

Soube pela primeira vez destes Warbringer algures em meados do ano passado, num concerto com Suffocation e Napalm Death, e fiquei agradavelmente impressionado com o festim de Thrash desenfreado e revivalista a que assisti. Curioso, fui descobrir o único álbum que os californianos tinham até à data no bolso. Gostei. Entreteve-me e, não sendo nada de transcendente, cumpriu o propósito de me por com dores “pescoçais”, enquanto aperfeiçoei os meus skills de air guitar. Este segundo registo, é uma espécie de repetição do primeiro, com melhores acabamentos. Aqui respira-se o ar da Bay Area de San Francisco e ouve-se um “Kill’em All” ou um “Bonded By Blood” em altos berros. Riffs saudosistas encostam-se uns nos outros, aos quais se junta uma dose de brutalidade maciça e maior do que aquilo que podíamos esperar neste tipo de som. Os tons crus só o tornam mais nostálgico. Bem-vindo é o notado esforço em desacelerar o passo nas alturas em que a cabeça já lateja com tão frenética cavalgada, impondo outra variedade ao disco que o anterior não tinha. Gosto particularmente das cuspidelas do Jonh Kevill (vocalista), talvez por ser tão cliché neste estilo. Enfim, é um voltar aos anos 80, quando o Thrash dominava a cena metaleira.

Esta é a confirmação que o disco de estreia, “War Without End”, não foi um acaso, e que estamos perante um dos nomes mais fortes desta nova vaga de Thrash revivalista que surgiu nos Estados Unidos. Podem não trazer nada de novo. Podem até não fazer mais do que reproduzir aquilo que já foi feito há mais de duas décadas. Mas são raras as bandas nos dias de hoje, da nova ou velha guarda, que o conseguem fazer desta maneira.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

sunn o))) – monoliths and dimensions


Eles voltaram, e com estes todo o hype que gira em torno de uma das bandas mais negras e circunspectas que ouvi. Três anos depois da brilhante parceria com Boris, e de colocarem o nível de expectativas ainda mais lá em cima, ainda não é desta que desiludem.

Quem já conhece Sunn O))) não irá ter surpresas de maior neste “Monoliths and Dimensions”. Para quem não os conhece, tudo o que aqui se passa soará estranho, a roçar o desagradável, e vai ter o cabo dos trabalhos para interiorizar, e, porventura, gostar do que ouve.
Ao longo de sombras e nuvens somos convidados a entrar num esquecido barco tão naufragado quanto fantasmagórico, catedrais majestosas onde vozes das catacumbas dão o mote para rituais, imagino, pouco simpáticos, e becos onde funcionamos como cegos à procura de uma parede de apoio ou de um esgar de luz que não existe. É fácil ficarmos desorientados. Há a sensação recorrente de que somos transladados para dentro de um filme de terror pincelado com cores místicas e ambientes de cortar à faca. Tudo é feito com uma subtileza pouco vulgar, mas que é mais que habitual nestes senhores.
Há pormenores e arranjos deliciosos, como o estalar da madeira ao sabor do mar, ou sinos a reclamarem um silêncio pouco confortável. Sublime a forma como fecham o disco com um trombone a contemplar paisagens jazzísticas e inesperadamente pacíficas e ordeiras.

Profundamente áspero e incómodo, mas igualmente épico e hipnotizante. Os Sunn O))) não enganam. Continuam a lançar discos que vão para além de qualquer senso musical estabelecido, e proporcionam ruidosas novas experiências a quem para aí estiver virado. Inusitado, intenso e sinistro.

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

hoods - pit beast


Continuam reais. Continuam fiéis à cultura que os viu crescer. Os rapazes de Sacramento voltaram, e nas costas carregam o peso de um novo álbum, de seu nome “Pit Beast”. Hardcore que conhecemos, mas sobretudo, o Hardcore a que nos habituaram.
Encabeçados pelo convenientemente chamado Mike Hood, os Hoods contam já com cerca de 15 anos de historial. Por entre vários lançamentos e tours com os melhores nomes da cena Hardcore internacional, estes rapazes conseguiram já, pelo menos, fazer o nome da sua banda figurar nas páginas que contam a história deste género musical.
As cerca de duas ou três opiniões que me tinham chegado sobre este novo álbum, não me deixaram particularmente motivado para o ouvir, mas o que é certo, é que ficaria a dar voltas na cama se não tirasse uns minutos do meu tempo para formar a minha própria opinião. Digamos que não foram minutos mal gastos!

Se tão à espera de algo inovador, capaz de redefinir o género, ou simplesmente de trazer apontamentos nunca antes ouvidos, esqueçam. Como disse, é o Hardcore a que nos habituaram. Um menu de 11 temas que nos serve faixas rápidas, agressivas, e que sobretudo deixa transparecer o gozo com que a banda continua a fazer música, sendo o título da faixa “Let’s Have Fun” bastante elucidativo desse prazer. Podem cá andar mais 15 anos que duvido que nos tragam algo diferente do que aquilo que aqui ouvimos, mas sinceramente, não creio que precisem de o fazer. As peças estão bem oleadas, tudo funciona da melhor maneira, e o resultado acaba por ser inevitavelmente bom. Talvez não tão excitante como títulos de outros tempos, mas ainda assim, suficientemente bom para não desiludir os fãs.

“I wanna circle pit, I wanna circle pit, I wanna circle pit! Mosh, mosh, mosh, mosh!”
A sonoridade do álbum não deixa esconder as influências da escola da velha guarda de New York, facto pelo qual eu agradeço. Fazendo jus ao nome do CD, as faixas parecem ter sido especialmente preparadas para aqueles que gostam de se mexer em concertos. Entre as rápidas moshparts e os furiosos breakdowns encontram-se ainda várias partes 2-Step, que, aliadas aos constantes gangshouts espalhados por entre as faixas, evitaram que me aborrecesse enquanto ouvia o álbum.
Numa altura em que a cena Hardcore parece cada vez mais angariar os chamados fashion victims, Mark Hood faz deste álbum um meio para canalizar todo seu descontentamento perante esta situação. Em faixas como “Punk’s Dead – Emo Kids Next” ou “Nunchuck”, as letras insurgem-se contra aqueles que fazem das suas roupas o seu Hardcore, e ainda contra aqueles que, após muito treinarem frente aos espelhos lá de casa, fazem dos seus melhores movimentos em concertos, a fonte de todo o seu status.
O álbum termina com uma bonita dedicatória ao duo composto por Vinny Stigma e Roger Miret de Agnostic Front, em que os Hoods nos apresentam uma cover da imortal “Friend or Foe”.

Não tão bom quanto um “Pray for Death”, este “Pit Beast” entreteve-me o suficiente para me fazer escrever esta pequena review. Não podendo prometer-vos nada de extraordinariamente bom, acho que quem tem acompanhado o percurso da banda, deve sem dúvida tirar algum tempo para ouvir este álbum. Já aqueles que não a conhecem, têm aqui uma boa oportunidade para o fazer, podendo depois passar à exploração dos registos mais antigos da banda.

domingo, 17 de maio de 2009

slough feg – ape uprising!


De volta às raízes.
O Heavy Metal, enquanto estilo primordial, foi-se afastando progressivamente das minhas playlists habituais, à medida que ia descobrindo novas sonoridades dentro e fora do Metal. A verdade é que, aparte dos Iron Maiden, cujos discos continuo a devorar com o mesmo apetite de quando eu tinha 12 anos, nenhuma outra banda do género me cativou a ponto de me tornar seu ouvinte assíduo. Ou muito me engano, ou esse cenário está de abalada.

Chego à conclusão que andei a dormir. Estes Slough Feg vão já no sétimo lançamento, e só agora tomei contacto com eles, e a julgar pelo nome da banda, pelas capas e letras das músicas, eles próprios não se devem levar muito a sério. Longe de tentar esconder as suas influências, exibem-nas antes de forma descarada. De Iron Maiden e Judas Priest, até Thin Lizzy e Manilla Road, é um fartote old-school.
O álbum começa de forma invulgar e enganatória. “The Hunchback of Notre Doom”, é, como o nome indica, Doom muito à maneira de uns Black Sabbath. O resto do álbum não tem nada a ver com este tema a não ser pelas letras descabidas de qualquer sentido dito normal e sério. Um cheirinho a 70’s Rock vem com a “Overborn”, e o bater do pé torna-se demasiado instintivo para darmos por isso. Não me consigo cansar da “Ape Uprising” apesar dos seus 10 minutos. A revolta dos macacos contra humanos, numa festa de harmonias e solos que me deixa, mais do que entretido, viciado. Épico. A voz do Mike Scalzi tem laços íntimos com o Rock dos setenta, e não é, assim, do tipo operático que muitas vezes caracteriza este som e que afugenta muita malta, pelo que é menos uma razão para deixarem de dar uma "escutadela" nisto. Longe de alguma vez se tornar chato, o álbum segue a um nível de interesse que teima em não descer. “Simian Manifesto” e “Ape Outro” têm tatuado NWOBHM algures entre riffs saudosistas. As duas guitarras parece que batalham entre si por um lugar de destaque, e tudo é tão catchy que impressiona. Depois, o ar despretensioso e bem-disposto só lhes corre a favor.

Resumindo: esta é a prova de que é possível fazer um grande álbum Heavy em 2009, mesmo para quem, como eu, já não lhe creditava grande atenção. Vivamente aconselhado.

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terça-feira, 12 de maio de 2009

men eater – vendaval


Posso dizer, com mais ou menos certeza, que era este o lançamento nacional que mais ansiava pôr os ouvidos em cima desde há uns bons meses para cá. “Hellstone” foi, e é, monstro. Surpresa que levou muito boa gente a considerar o álbum um marco nos tempos que correm, no que diz respeito à nossa cena underground. Fasquia demasiado alta? Talvez. Neste “Vendaval” os Men Eater contornam-na não por cima, mas pelo lado.

Isto porque que não há muito para comparar entre este segundo registo e o primeiro. Se no “Hellstone” cuspia poeira quando o acabava de ouvir, aqui a banda aparece de cara lavada, mais vistosa, e, em certa medida, menos pesada. Expoente máximo deste asseio que vos falo é a voz do Miguel, mais melódica e perceptível, ao contrário dos tons crus a que me habituei. Franzi o sobrolho.
Nada de grave. O álbum começa muito bem. “First Season” é um sem-vergonha. Avança confiante, consegue ser rude e voluptuoso, ora com riffs cortantes, ora com back vocals que mais parecem miminhos. É o Rock como se quer. “Man Hates Space” torna-se um assombro em menos de nada. Buracos negros puxam-nos para headbangs balanceados e cantorias desmedidas. Last chance, last day, all that’s left taken away. Sintonia perfeita. Dois minutos de Doom pesadão separam este tema de “Drunk Flies Drugged Souls”, coisa inspiradíssima de princípio a fim, onde se desmarca uma melodia do mais sonante que aqui se pode ouvir e que gosta de se lamentar entre momentos calmos e outros de explosão.
Estamos a meio do álbum e perde-se algum fulgor. Chego a dispersar-me a certa altura, talvez ainda abananado com o que ouvi antes. Não que os temas estejam lá para “encher chouriços”, longe disso, mas não conseguem partilhar do mesmo interesse dos seus antecedentes. Ainda assim, e ainda a tempo, chega-nos mais uma beldade chamada “Medusa”, que mais parece um qualquer rito a chamar, e a precaver, ventos e tempestades que se traduzem num desfile de riffs muito bem apessoados. Finalmente “Dead at Sea”, e uma onda sonora a fazer lembrar Doomriders que para mim cai que nem ginjas.
Trivialidade: Makoto Yagyu dos If Lucy Fell continua ao comando da produção. Curiosidade: Valient Himself dos Valient Thorr tem uma pequena participação na “Man Hates Space”.

Descomplexado e objectivo, este “Vendaval” dá-nos menos Sludge para a carola e mais Rock para abanar o corpo. Embora não tenha aquele travo sujo que eu tanto gosto e que achei peça fundamental no “Hellstone”, a banda mantém intacta uma identidade que a si naturalmente lhe pertence e que se reconhece a léguas. E é esse o maior trunfo destes rapazes.

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domingo, 10 de maio de 2009

boxcutter - the Ill testament

Hoje trago-vos um registo algo diferente daquilo a que já se habituaram a ver por aqui. Chama-se “The Ill Testament” e é o mais recente trabalho dos Boxcutter. O álbum foi lançado no inicio de Abril, mas só agora tomou lugar na minha lista de prioridades musicais.

Para quem não conhece, os Boxcutter são uma banda composta por alguns nomes já conhecidos da cena Hardcore internacional, indo o maior destaque para Mad Joe Black (Wisdom in Chains e Out to Win) e ainda James Ismean (Fury of Five). Se por um lado o som destes senhores consegue despertar grandes paixões, por outro, existe também muito boa gente que os acha insuportáveis. Facto é que dificilmente se fica indiferente a esta mistura de Hardcore e Hip-Hop que, com algum sucesso, os Boxcutter têm vindo a produzir ao longo dos anos. Após o lançamento de dois álbuns, “The Ill Testament” chega-nos como o trabalho mais bem polido da banda até à data, não sendo a maior qualidade na produção, suficiente para fazer deste o melhor álbum dos também auto-proclamados “Kings of Thugz”.

Seguindo a linha do “Pitbull Ways”, podemos esperar o chamado thugcore que caracteriza o som banda. A música continua a ser feita com coração, os vocalistas continuam a “cuspir” o seu Rap com um estilo próprio, que ao longo do álbum é alternado e mixado com a ferocidade do Hardcore. Presentes estão também faixas unicamente compostas por beats e vocals, onde, tendo que apelar à minha sinceridade, devo dizer que o resultado me parece ser algo desastroso. As faixas de Hip-Hop que aqui se fazem sentir parecem-me excessivamente forçadas e demasiado previsíveis, o que, a mim, tirou grande parte do entusiasmo com que à partida comecei a explorar este álbum. Haverá quem as ache comestíveis no enquadramento geral do CD mas poucos serão aqueles que se sentirão realmente motivados com estes registos. Em contraste surgem-nos malhas como “Crown Of Rightousness”, “History Lesson Pt.1” ou “Get Up”. Estas sim, artilhadas com guitarras musculadas, fazem aquilo que lhes compete, vincando o estilo dos Boxcutter e fazendo as delícias dos fãs da banda. Destaque para a primeira, em que a voz é repartida por mais um rapazote que se mostra cheio de garra, sendo esta faixa possivelmente um dos pontos mais altos deste álbum.

Numa avaliação geral este é um álbum bastante decente. Em minha opinião não consegue ser suficientemente bom para suplantar o “Pitbull Ways” lançado em 2003, no entanto, este novo lançamento dos Boxcutter é suficiente para manter os amantes do género entretidos durante umas quantas audições. Aqueles que nunca foram à bola com o som da banda, continuarão a não fazê-lo, mas já aqueles que gostaram dos álbuns anteriores, sem dúvida devem dar uma olhadela neste novo trabalho.

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segunda-feira, 4 de maio de 2009

2 de maio, musicbox - men eater + löbo



Esteve cheia a casa. Não só de pessoas mas também de expectativa em relação às novas malhas de Men Eater, acabadinhas de lançar um dia antes. O caso não era para menos, ou não fosse a banda uma das mais aclamadas do nosso underground (e com razão), capaz de juntar malta de vários estilos da música pesada. Foram superiormente secundados pelos Löbo, grupo mais do que interessante e já aqui falado.

A MusicBox começa a tornar-se um caso exasperante em termos de cumprimento de horários. Desta vez foram “só” duas horas de atraso. Coisa pouca.
De forma bastante simples, tímida até, os Löbo deram entrada em cena e o primeiro acorde deve ter assustado o presente mais incauto, não só pela força do mesmo mas porque o som estava demasiado alto, e por aí manteve-se. Confesso que a minha curiosidade repartia-se de igual modo pela actuação dos Löbo e pelos novos temas de Men Eater. Já aqui havia dito que esta banda tem um encanto especial. Esta minha ideia foi mais que confirmada em palco. Basta olhar para as caras de cada um dos elementos da banda, ora de olhos fechados, ora num abanar de corpo que começava pelo pescoço, ora com um esgar de paixão a cada nota apregoada. A intensidade é palpável e impressiona para quem os olha a poucos passos de distância, de tal modo que me arrepiei em alguns momentos. Também houve quem tenha bocejado. Natural, digo eu, dado que este tipo de som não é para todos, isto sem qualquer ponta de superioridade musical ou intelectual. Actuação em crescendo durante cerca de 30 minutos, e que por isso, acabou quando já estava mais que confortavelmente embrulhado naquela onda sonora. Curtos no set, grandes no sentimento.

Não esperava eu outra coisa senão uma boa prestação dos rapazes que viriam a seguir. Não esperava concerteza uma tão enérgica e irrepreensível. A verdade é que esta foi a quinta vez que os vi, e estou tentado a dizer que foi a melhor. Os temas novos que ouvi no myspace da banda, que até nem me tinham impressionado por aí além, ganham outro poder e outra chama ao vivo que sinceramente não estava à espera. Foi precisamente por esses dois temas que começaram a investida que me pareceu bem mais rockeira e menos sludgy, toada que me pareceu estender-se à maioria das músicas do novo álbum, mas conclusões dessa estirpe hão-de ficar para outra altura. Às malhas novas interpunham-se resquícios do “Hellstone". Não direi que lhes foi dada uma nova roupagem, mas antes um novo folgo, dada a pujança e confiança com que foram tocadas. “Lisboa” continua a ser um momento à parte do resto do concerto. Especial. O público pareceu-me um pouco amorfo face à fome de palco que a banda demonstrava e ao gozo que se lhes via estampado em cada nota, talvez esmagados pelo inadvertido em que toda a situação se tornou, ou então a querer apreciar atentamente o material novo. No entanto, o estender do pescoço em uníssono foi prática mais que comum. Assim se passaram 50 minutos, de um concerto que, arrisco dizer, poucas bandas portuguesas do nosso underground conseguirão dar com tal desenvoltura, sem quebras, e com tamanha classe. Os Men Eater estão em boa forma e recomendam-se.

De salutar a casa cheia e o bom ambiente. Mas principalmente de salutar bandas destas, portuguesas, que merecem todo o nosso apoio pela música que nos vão servindo.