sábado, 21 de fevereiro de 2009

19 fevereiro - musicbox lisboa

Comprei bilhete para esta noite sem grandes expectativas na bagagem. As 4 bandas presentes, apesar da sua boa qualidade, não são de todo bandas que oiça com regularidade, e como tal, não esperava muito mais do que encontrar umas caras amigas, beber umas imperiais, e desfrutar de concertos com o mínimo de qualidade. Para surpresa minha, a noite acabou por ser bem mais do que isso.

Não destoando daquilo que já é hábito, a noite começou com uma hora de atraso. Pedindo as devidas desculpas pelo atraso os CDC lá iniciaram o seu concerto. Com a sala ainda a meio gás, os fãs mais acérrimos da banda chegaram-se à frente preparados para soltar alguma da sua energia. Um pouco incomodados pelos problemas que causaram o atraso, e pelas dificuldades técnicas que se notaram, principalmente no som do vocalista, os 4 elementos da banda deram um concerto tímido e excessivamente curto, em que 6 faixas souberam realmente a pouco. Ainda assim, o pouco que se viu e ouviu, abriu o apetite para um reencontro futuro.

Já com a sala mais composta, chegou a vez de Lionheart subirem ao palco. Não constando do cartaz inicialmente apresentado, substituindo Waking the Cadaver, estes rapazes protagonizaram um dos melhores shows da noite. Com um hardcore agressivo, os norte-americanos basearam a maioria do seu set no álbum "The Will To Survive". Como seria de esperar, iniciou-se o caos entre o público da pequena sala da MusicBox, que para surpresa minha, se mostrou conhecedor dos trabalhos da banda. Com um concerto curto mas intenso, os Lionheart cumpriram com o que lhes era pedido. Na minha opinião, uma agradável surpresa.

A terceira banda a actuar foi Freya. Aqui já não estava a jogar no meu campo, e como deu para perceber, também o resto da plateia não estava. Já com algum crédito no panorama internacional Karl Buechner (também vocalista de Earth Crisis), veio até Portugal para apresentar este seu projecto. Sempre a tentar puxar por algum movimento entre público, ainda que sem sucesso, a banda conseguiu um bom concerto. Menos enérgico que o anterior, mas ainda assim capaz de proporcionar um bom headbang entre aqueles que assistiam.

Eis que chega o momento mais esperado da noite. Dos mais novos aos mais velhos, fazia-se sentir o sentimento de ansiedade para que Sworn Enemy subisse ao palco. Mais perfeccionistas, a banda e os seus assistentes dedicaram algum tempo ao sound check para que tudo fluísse da melhor maneira durante concerto. Alguma interacção e brincadeiras entre os músicos e a plateia, fizeram com que os ajustes de som passassem rápido e com algumas risadas à mistura. A sala escureceu e surgiram as primeiras guitarradas. Já toda a gente sabia o que aí vinha. Concerto iniciou-se com aquele que é provavelmente um dos temas preferidos do público, "As real as it gets". Há quem diga que estas faixas devem ser guardadas para o fim, mas sinceramente, o efeito conseguido com esta entrada foi sem dúvida o tónico para a banda avançar para um concerto que tão rapidamente não será esquecido por todos os presentes nessa noite. A ter que resumir o concerto numa palavra, seria completo. A set list apresentada foi bem escolhida, com passagens pelos álbuns mais antigos, onde o hardcore era predominante, até ao álbum mais recente, onde se começa a notar uma maior queda para o metal. Deixaram ainda no ar um cheirinho do novo álbum, que segundo a banda, estará para sair no 1º semestre de 2009. Desde circle pits até algum crowd surf, o público manteve-se incansável, deixando transperecer que Sworn Enemy era a razão pela qual ali estavam. O concerto terminou com um encore a pedido insistente do público, novamente uma faixa antiga, que meteu miúdos e graúdos em alvoroço.

Terminar reafirmando que foi uma noite bem passada, com boas prestações das bandas, e com a correspondência devida do público. Valeu cada um dos 15 euros que custou o ingresso.

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