domingo, 19 de julho de 2009

reign supreme - testing the limits of the infinite


Este era sem dúvida o lançamento de 2009 que mais me criava água na boca. O alarido originado pelo “American Violence” fazia prever, e de que maneira, um full-length álbum de completa afirmação para os meus conterrâneos Reign Supreme. Vou colocar um pé atrás e afirmar que, efectivamente, a missão foi cumprida.

Seja ela a direcção certa ou errada, os Reign Supreme dão aqui um passo rumo a um Hardcore mais acessível ao ouvido. Quase diria que este “Testing the Limits of the Infinite” se apoia na já conhecida bengala, onde se encontra inscrita a palavra mainstream. Será que isto faz deste álbum um mau lançamento? Não. Longe disso. Ainda que mais genérico e menos surpreendente, este novo trabalho dos Reign Supreme está repleto de apontamentos brilhantes.
Ao longo de 13 faixas é-nos apresentado um autêntico melting-pot de estilos, e é esta mesma fusão de estilos que desenha a imagem dos Reign Supreme para 2009. Uma elevada vivacidade metálica ritmada por guitarras ora mais simples, ora mais complexas, breakdowns para dar e vender, toadas melódicas e dançáveis, enfim, toda uma mescla de sonoridades que parece actuar em perfeita harmonia.
O álbum arranca com a pujança toda, dando imediatamente um gostinho do que se pode esperar nas faixas seguintes. Tudo extremamente bem tocado, com as notas a encaixarem umas nas outras de forma quase perfeita.
Bom era se todas as faixas acrescentassem algo a este álbum. Não é o que acontece. Como disse, ainda que tudo seja bem feito, facilmente damos por nós a sentir aquela sensação de deja vú, o que só pode significar que os Reign Supreme não se quiseram aventurar em demasia no campo da inovação e originalidade. Ainda assim, faixas como “To Live and Die (In Vain)” ou “And Come What May”, não podem deixar de ser consideradas pequenos mimos para os ouvintes.
De salientar, é a voz de Jay, que, a meu ver, consegue subir ainda mais de qualidade, revelando-se este vocalista como, provavelmente, um dos melhores da actualidade nestas lides. Ainda a cargo do mesmo, ficou a construção das letras deste álbum. Aqui, mais uma vez, este senhor dá um ar da sua graça. Letras introspectivas, com sentimento e altamente inspiradoras. Não menosprezando o valor do resto dos elementos da banda, penso que apenas o baterista sucede em colocar-se ao mesmo nível de Jay no que respeita ao contributo para este álbum. Temos uma bateria enérgica mas sobretudo imaginativa. Uma mais-valia em qualquer faixa que se oiça neste CD.

“Testing the Limits of the Infinite” cumpre com os objectivos da banda. Quem comprar vai gostar, quem o ouvir ao vivo vai-se mexer. O nome Reign Supreme torna-se cada vez mais uma certeza no Hardcore. Para mim, talvez uma certeza excessiva.

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1 comentários:

Ema disse...

concordo com a review no geral, mas sinceramente o álbum para mim foi 50/50. 50 desilusão, 50 confirmação do que já esperava...tá genérico e tem faixas do encher chouriços. apesar da execução instrumental exímia, acho que as letras do Pepito mereciam algo mais criativo...a puxar para a banda antiga dele, Blacklisted, mas isso já sou eu a imaginar coisas lol.

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