domingo, 20 de setembro de 2009

megadeth - endgame


Sejamos sinceros. A carreira dos Megadeth tem vindo de mal a pior. Acho que só ouvi uma vez na sua totalidade o “United Abominations”, o disco anterior a este. Não creio que aquilo tenha sido uma abominação, mas não andou longe. E só o fiz porque esta é uma banda que muito me marcou nos meus anos mais imberbes, e porque construíram álbuns e canções que ainda hoje venero.
Este “Endgame” recupera um pouco a pica que tinha por estes gajos. Logo pela introdução se percebe que vem dali outra fruta. Parecem mais soltos, mais ágeis e fantasistas. O típico riff de Megadeth não podia faltar com a “This Day We Fight!”, a segunda música do álbum, das mais thrashadas e aquela que traz mais aquele tónico old school à baila. So far, so good.Com a “44 Minutes” vem um tema declaradamente radio friendly, e aqui se perde a fé de um álbum de Megadeth à moda antiga. Se bem que o tema até é bom e catchy, ressalve-se isso. O resto do álbum desenvolve-se numa mescla entre estes dois estados e tempos. Se a fase pré “Countdown To Extinction” está bem presente, a fase pós esse álbum também está e infelizmente, julgo, em maiores quantidades. Nenhuma música é, no entanto, dolorosamente má. São temas que não me deixam de boca aberta, nem com dores no pescoço mas que também não me deixam bocejar, salvo um ou outro momento. De notar o virtuosismo do guitarrista Chris Broderick (ex-Nevermore) que junto com o Mustaine têm duelos de solos do melhor que se fez por estas paragens desde os tempos do Marty Friedman.
No geral este “Endgame” está mais acelerado do que os últimos lançamentos, e, mais importante, está com a veia do bom gosto mais apurada. Desde que o Mustaine reclamou a banda exclusivamente para si e despediu tudo e todos, este disco parece-me o mais bem conseguido. Se é suficiente para a são sebastiana reconciliação com os fãs mais antigos, duvido.

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