O desfile de bandas começou à hora marcada, 3 horas da tarde, com os norte-americanos Folsom a subirem ao palco secundário. Uma novidade para mim dado que nunca tinha ouvido nada destes rapazes. Diria que esta foi provavelmente a banda mais azarada no que respeita à posição no cartaz, uma vez que que após 10 minutos do inicio do seu concerto subiria a banda da casa ao palco principal. Assisti a 3 faixas da banda, e a julgar pelas mesmas, fiquei com pena de não poder ficar para ver a totalidade do concerto. O custo de oportunidade era elevado, No Turning Back ia começar na sala ao lado!
Os já velhos conhecidos dos portugueses, No Turning Back, eram provavelmente a banda que mais me chamava a Eindhoven. Agora que os Backfire! saíram de cena, NTB é provavelmente o orgulho dos olhos daqueles que compõem a cena Hardcore holandesa, e dado que estávamos ainda no principio do dia, não esperava menos que um público com energia para dar e vender. Não me enganei. A jogar em casa, o sr. Martijn não deixou que o tamanho do palco e a distância para o público cortassem por completo o feeling do concerto. Se o público não vem até nós, então temos que ser nós a ir a seu encontro. E assim foi. Muitas foram as músicas em que Martijn desceu do palco, se empoleirou nas grades e cantou em conjunto com o público. Ainda com o concerto na MusicBox de Lisboa deste ano na memória, naturalmente este seria sempre um show que saberia a pouco, mas ainda assim, foi bom poder mexer ao som de algumas (poucas) faixas que compõem dois dos meus álbuns preferidos – “Damage Done” e “Revenge is a Right”. Deu para um pouco de cardio e sentir as primeiras gotas de suor na testa. Sempre bons. Dado que não existiam tempos mortos entre concertos, assim que NTB terminou, pus-me a andar novamente para o palco secundário, mais uma vez para assistir a uma banda da qual nunca tinha sequer ouvido falar.
Cheguei ao palco principal, e estavam já os Walls of Jericho a terminar o seu sound check. Por esta altura deveríamos ter já cerca de 2 mil pessoas a circular pela sala. Quem já viu WoJ, sabe que a dona Candace não deixa a coisa por mãos alheias, e ali, naquele palco enorme, sentia-se nas suas sete quintas. Quer gostem, quer não gostem, esta senhora é um autêntico monstro de palco, e mete a um canto muitos frontmen que por aí andam. Ainda que não seja grande fã da banda, este foi provavelmente um dos melhores concertos do dia. O público aderiu em massa, os circle pits apareciam constantemente, enfim, o ambiente estava como se queria. Num concerto de aproximadamente 30 minutos, a banda tentou mostrar o que de melhor o seu novo álbum oferece, mas de facto, os melhores momentos recaíram sobre faixas construídas há já uns aninhos.
Faltavam tocar ainda 7 outras bandas. Stay tuned for more.
0 comentários:
Enviar um comentário