sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

stonecutters - christhammer

De volta a este canto depois de paragem bastante forçada, para escrever sobre um dos álbuns no qual ando a matutar ultimamente.
Os Stonecutters eram-me completamente desconhecidos. Mais rapidamente associava o nome a um certo episódio dos Simpsons (how geek is that?), do que a uma banda de música. Diz-se por aí que por alturas do lançamento deste álbum (há coisa de 5 meses), a banda não tinha editora, pelo que o dito foi self-released. Sim, cheira a underground por estes lados.
Isso acaba por se reflectir em muita coisa. O letring do logo podia muito bem ser um esboço de um qualquer puto de 15 anos, inspirado no thrash dos 80. A capa, rústica, a roçar o amadorismo. A produção, pouco famosa. A pose descomplexada e ainda virgem. Tudo isto incute ao grupo um charme que se tornou raro pela corrupção mental, ou simplesmente por força das circunstâncias. A música, essa, torna o álbum um atestado de ignorância a toda e qualquer editora que se preze dentro do género.
Não é fácil emprestar rótulos aos Stonecutters. Sludge, thrash, stoner, progressivo, psicadélico, take your pick. Pensem na agressividade e crueza de outrora de uns Mastodon ou de uns Kylesa e estarão lá perto. Também me deixo levar por influências mais ancestrais, quando dou por mim a relembrar Sabbath e logo a seguir a trautear melodias de Maiden. O disco é todo ele muito metal, se é que me faço entender, com uma atmosfera nublada, com letras sobre bestas mitológicas e pragas anticristãs, mas tal abordagem é feita de modo muito tradicional, como se fazia nos oitenta, o que acaba por torná-lo bastante divertido de se ouvir e funcionar bem entre amigos, copos e fumos.
Uma lição musical, mas também de honestidade, para muitas bandas que vão nesta onda do sludgemetalsouthernwhatever.

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