terça-feira, 23 de março de 2010

darkthrone - circle the wagons


A cena norueguesa deve estar-lhes grata.
Este disco segue o caminho iniciado pelo “The Cult is Alive”, por isso não esperem mais uma fractura sonora pouco ortodoxa em relação ao que têm feito desde então. Ao longo do álbum apercebemo-nos que o black e o death metal já nem nos (lhes) passa pela cabeça, e que o punk não lhes faz justiça. É Darkthrone, e engavetá-los é pouco legítimo.

I am the graves of the 80’s… destroy the modern metal and bang your fucking head!

O espírito do álbum é no entanto metal até à medula, e de uma maneira muito reminiscente, retro até. Sente-se uma celebração da simplicidade e honestidade do metal dito antigo, numa espécie de homenagem aos de então que não vem de agora. Confirma-se o respirar de ares abafados e putrefactos num absoluto degredo que nos leva a uma ruína humana que entretém e alegra. Depois, continuam a cuspir classe e insolência a cada riff, com uma pose e atitude altivas e rudes, que lhes pertencem por natureza.
Não há aqui nada de novo para a carreira dos Darkthrone. Melhor dito, não há aqui nada que os Darkthrone não tenham já feito. Não está ao nível do “F.O.A.D”, para mim o melhor álbum desta fase do grupo, mas o som continua a ser absurdamente acessível e viciante, e no fundo é isso que os mantém na corrida. Os protestos de sell-out devem-se repetir. Enquanto assim for…

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