terça-feira, 25 de maio de 2010

sepultura - beneath the remains (1989)


Há coisa de um mês fui vê-los a Corroios. Bom concerto. Limpei o pó e voltei a pegar nos clássicos.

Os Sepultura foram daquelas bandas que moldaram os meus gostos musicais de forma bastante vincada, naquela idade em que achamos que o que ouvimos é que é, e que os outros não percebem nada disto. A descoberta foi ao contrário. Álbuns sem o Max para mim não existiam. Primeiro, o “Roots”, depois “Chaos A.D.”. Se ao primeiro torci o nariz, o segundo continua a ser dos meus álbuns preferidos. O “Arise” é-me intemporal. A seguir viria o “Beneath The Remains”. Comprei o álbum sem ter ouvido sequer uma música dele (bons tempos), e sem qualquer tipo de referências de como soava ou deixava de soar.

Este é um daqueles felizes (a)casos em que se acha aquilo que realmente se procura na altura. O disco é um “Arise” sem travões. A banda fazia aqui a transição do death dos álbuns anteriores para um thrash brutal, cru e sem meias medidas, que se equiparava apenas ao que os Sodom ou os Slayer iam fazendo em termos de carga violenta. O ritmo é infernal de princípio a fim, cansativo até, na medida em que se tenta acompanhar o ritmo de todos os temas e somos levados a imaginar as gotas de suor a escorrerem pela cara dos músicos, mas nunca chega a aborrecer, por culpa da maioridade de cada um dos temas. Não há cá sons tribais, nem abordagens ao hardcore. Just thrash, plain and simple. E um dos melhores do seu género.

1 comentários:

LiMpA_ViAs disse...

Fico com vontade de deixar crescer o cabelo e vestir um colete à maneira!! SÊPULTURA, DO BRÁSIU!

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