domingo, 10 de maio de 2009

boxcutter - the Ill testament

Hoje trago-vos um registo algo diferente daquilo a que já se habituaram a ver por aqui. Chama-se “The Ill Testament” e é o mais recente trabalho dos Boxcutter. O álbum foi lançado no inicio de Abril, mas só agora tomou lugar na minha lista de prioridades musicais.

Para quem não conhece, os Boxcutter são uma banda composta por alguns nomes já conhecidos da cena Hardcore internacional, indo o maior destaque para Mad Joe Black (Wisdom in Chains e Out to Win) e ainda James Ismean (Fury of Five). Se por um lado o som destes senhores consegue despertar grandes paixões, por outro, existe também muito boa gente que os acha insuportáveis. Facto é que dificilmente se fica indiferente a esta mistura de Hardcore e Hip-Hop que, com algum sucesso, os Boxcutter têm vindo a produzir ao longo dos anos. Após o lançamento de dois álbuns, “The Ill Testament” chega-nos como o trabalho mais bem polido da banda até à data, não sendo a maior qualidade na produção, suficiente para fazer deste o melhor álbum dos também auto-proclamados “Kings of Thugz”.

Seguindo a linha do “Pitbull Ways”, podemos esperar o chamado thugcore que caracteriza o som banda. A música continua a ser feita com coração, os vocalistas continuam a “cuspir” o seu Rap com um estilo próprio, que ao longo do álbum é alternado e mixado com a ferocidade do Hardcore. Presentes estão também faixas unicamente compostas por beats e vocals, onde, tendo que apelar à minha sinceridade, devo dizer que o resultado me parece ser algo desastroso. As faixas de Hip-Hop que aqui se fazem sentir parecem-me excessivamente forçadas e demasiado previsíveis, o que, a mim, tirou grande parte do entusiasmo com que à partida comecei a explorar este álbum. Haverá quem as ache comestíveis no enquadramento geral do CD mas poucos serão aqueles que se sentirão realmente motivados com estes registos. Em contraste surgem-nos malhas como “Crown Of Rightousness”, “History Lesson Pt.1” ou “Get Up”. Estas sim, artilhadas com guitarras musculadas, fazem aquilo que lhes compete, vincando o estilo dos Boxcutter e fazendo as delícias dos fãs da banda. Destaque para a primeira, em que a voz é repartida por mais um rapazote que se mostra cheio de garra, sendo esta faixa possivelmente um dos pontos mais altos deste álbum.

Numa avaliação geral este é um álbum bastante decente. Em minha opinião não consegue ser suficientemente bom para suplantar o “Pitbull Ways” lançado em 2003, no entanto, este novo lançamento dos Boxcutter é suficiente para manter os amantes do género entretidos durante umas quantas audições. Aqueles que nunca foram à bola com o som da banda, continuarão a não fazê-lo, mas já aqueles que gostaram dos álbuns anteriores, sem dúvida devem dar uma olhadela neste novo trabalho.

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1 comentários:

Ema disse...

boa review, como de costume. o Pitbull Ways por acaso na altura foi um álbum que ouvi muito, mas este, pelo que li agora, ainda vai levar algum tempo a sair do zip, lol.

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