Eles voltaram, e com estes todo o hype que gira em torno de uma das bandas mais negras e circunspectas que ouvi. Três anos depois da brilhante parceria com Boris, e de colocarem o nível de expectativas ainda mais lá em cima, ainda não é desta que desiludem.
Quem já conhece Sunn O))) não irá ter surpresas de maior neste “Monoliths and Dimensions”. Para quem não os conhece, tudo o que aqui se passa soará estranho, a roçar o desagradável, e vai ter o cabo dos trabalhos para interiorizar, e, porventura, gostar do que ouve.
Quem já conhece Sunn O))) não irá ter surpresas de maior neste “Monoliths and Dimensions”. Para quem não os conhece, tudo o que aqui se passa soará estranho, a roçar o desagradável, e vai ter o cabo dos trabalhos para interiorizar, e, porventura, gostar do que ouve.
Ao longo de sombras e nuvens somos convidados a entrar num esquecido barco tão naufragado quanto fantasmagórico, catedrais majestosas onde vozes das catacumbas dão o mote para rituais, imagino, pouco simpáticos, e becos onde funcionamos como cegos à procura de uma parede de apoio ou de um esgar de luz que não existe. É fácil ficarmos desorientados. Há a sensação recorrente de que somos transladados para dentro de um filme de terror pincelado com cores místicas e ambientes de cortar à faca. Tudo é feito com uma subtileza pouco vulgar, mas que é mais que habitual nestes senhores.
Há pormenores e arranjos deliciosos, como o estalar da madeira ao sabor do mar, ou sinos a reclamarem um silêncio pouco confortável. Sublime a forma como fecham o disco com um trombone a contemplar paisagens jazzísticas e inesperadamente pacíficas e ordeiras.
Profundamente áspero e incómodo, mas igualmente épico e hipnotizante. Os Sunn O))) não enganam. Continuam a lançar discos que vão para além de qualquer senso musical estabelecido, e proporcionam ruidosas novas experiências a quem para aí estiver virado. Inusitado, intenso e sinistro.
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Há pormenores e arranjos deliciosos, como o estalar da madeira ao sabor do mar, ou sinos a reclamarem um silêncio pouco confortável. Sublime a forma como fecham o disco com um trombone a contemplar paisagens jazzísticas e inesperadamente pacíficas e ordeiras.
Profundamente áspero e incómodo, mas igualmente épico e hipnotizante. Os Sunn O))) não enganam. Continuam a lançar discos que vão para além de qualquer senso musical estabelecido, e proporcionam ruidosas novas experiências a quem para aí estiver virado. Inusitado, intenso e sinistro.
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