domingo, 21 de junho de 2009

true colors - rush of hope


Não é com muita frequência que me deixo seduzir por álbuns de bandas na onda do Youth Crew, mas o que é facto, é que estes senhores conseguiram, mais uma vez, fazer um excelente trabalho, colando-me, durante dias e dias, a este seu novo álbum.

Banda de origem belga, os True Colors viram a sua história começar à não muito tempo atrás. Entre 2004 e 2005, um ex-guitarrista de Justice (logo aqui a vossa atenção deve redobrar) decidiu juntar uma rapaziada amiga e criar uma nova banda Straight Edge. As coisas começaram a correr de feição para a banda, e hoje, com o seu novo “Rush of Hope”, a banda conta já com dois full-length álbuns e uns quantos outros lançamentos de menor dimensão.

Não competia à banda trazer algo de revolucionário, mas sim algo com qualidade, e sobretudo que transparecesse o sentimento com que toca. O álbum arranca com a intro da praxe, e rapidamente se desenvolve para uma peça musicalmente consistente e até capaz de surpreender. Bem ao estilo do Youth Crew, as faixas são rápidas e enérgicas, se bem que a certo ponto do álbum me vi embrulhado em ritmos mais lentos, que metem de parte a necessidade de uma intervenção rápida, e se deixam pautar única e exclusivamente pela transmissão clara da riqueza das letras. Aqui, encontramos um pequeno ponto de viragem na maneira como a banda desenha a sua música. Como manda a lei, continuamos a poder ouvir as habituais palavras de inconformismo perante a sociedade e tudo aquilo que nos rodeia, mas agora, para além disso, temos também faixas ligeiramente mais longas e lentas, cantadas num tom bem mais pessoal e emotivo, o que, na minha opinião, veio enriquecer a música destes True Colors, salpicando este seu novo álbum com uma maior diversidade sonora.

São cerca de 20 minutos de música, onde ideais de uma filosofia de vida se fundem com o Hardcore, originando um lançamento aconselhável para todos aqueles que seguem de perto o Youth Crew. Se é de Cores Verdadeiras que aqui falamos, então, desde já invoco o Verde que consigo carrega a esperança de um dia poder ver esta banda ao vivo por terras lusas.


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2 comentários:

Ema disse...

ainda não ouvi o álbum, e confesso que nunca prestei muita atenção à banda, mas com esta review talvez lhes dê uma hipótese.

e já vieram à tuga, logo quando a banda começou, no que foi talvez o melhor show de Justice também cá...só me lembra de ver o vocals de TC a moshar de joelhos tipo procissão em Justice, acho que foi dai que fui buscar inspiração para as cambalhotas ahahah.

Vanessa disse...

é uma das minhas bandas preferidas,apesar de nao terem um som propriamente "novo", é bem tocado e com um feeeling brutal.
ja te tinha dito que saquei o album mas ainda nao da para ter opiniao formada porque nao ouvi a quantidade de vezes necessaria!
ja tinha lido uma review que falava na questao das letras estarem muito melhores e mais pessoais,isso é um dos meus grandes interesses sobre o album =)

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