domingo, 2 de agosto de 2009

death before dishonor – better ways to die


A julgar pelo merchandising que desfila nos corpos do pessoal em todos os concertos a que assisto, diria que a banda dispensa apresentações. Oriunda de uma das melhores escolas de Hardcore mundiais, esta rapaziada de Boston está de volta com mais um álbum que promete arrasar colunas e headphones. Enquanto uns torcerão o nariz, outros rapidamente se deixarão levar pela água que, neste álbum, lavou a cara dos Death Before Dishonor. Passemos à experiência proporcionada por este “Better Ways to Die”.

Carreguei Play. Deixei passar 10 segundos. Carreguei Pause. Tirei o iPod da bolsinha e confirmei se estava a ouvir o álbum certo. Confere, “Peace and Quiet – DBD”. Foi no mínimo estranho, começar a ouvir este álbum e de imediato mandarem-me à cara um solo de guitarra digno da entrada de uma qualquer faixa de Thrash. Estão mais rápidos do que o costume e logo isso soa-me a algo novo. A velocidade é interrompida dando lugar à guitarra e baixo a que os DBD já nos habituaram. Com isto tudo passaram-se os 75 segundos que compõem a 1ª faixa. Adorável. Não tão surpreendente quanto o inicio do CD, entramos em “Remember”, e aqui, novamente um som menos habitual. Guitarras e baixo a pautarem um mid-tempo que não é normal em DBD. Conforme a bateria acelera, as guitarras imediatamente choram uma melodia que se crava no pano de fundo e marca toda a diferença nesta faixa.
O que parecia ser uma mini revolução no som da banda, pede um desconto de tempo, e dá lugar a um trio de faixas dentro do som a que banda nos habituou nos últimos anos. Por esta altura entramos na faixa que dá nome ao álbum, que não soando a nada de novo, não deixa de soar bem. Aqui e ali vão-se notando umas influências dos conterrâneos Blood For Blood, mas nada que preocupe em demasia.
Damos agora um pequeno salto para o último par de faixas. Os dois minutos e pouco de “Bloodlust” seriam o suficiente para me fazer abrir a carteira e desembolsar umas notas para ver a banda ao vivo. Adivinham-se corpos suados e gargantas cansadas no final desta faixa. Chegamos ao fim do álbum com uma música já previamente lançada num EP de edição limitada. Mais uma faixa que puxa para cima a qualidade deste lançamento, devendo-se acrescentar uma nota de rodapé para a excelente participação de Mark Unseen que transmite um feeling brutal a este final de CD.

O que dizer mais? Não façamos das coisas aquilo que elas não são. Este não é um álbum pintado em tons de genialidade, mas numa altura em que já pouco ou nada se esperava do som de uma banda que está constantemente em tour, e que pouco ou nada parecia fazer para inovar, este “Better Ways to Die” surge de uma forma algo surpreendente. Fizeram-me sentir alguma da pica e entusiasmo com que ouvi “True ‘till Death” e “Friends, Family, Forever”, e isso, só pode ser bom sinal.

1 comentários:

Ema disse...

boa review, acho que fiquei com impressão semelhante deste álbum...mas confere lá se tens essa segunda faixa bem identificada..é que no meu winamp aparece-me "Remember e não "Surrender" ;).

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